quarta-feira, junho 23

..

Quanto mais se aproxima o meu aniversário, vejo o quão distante e estranha me sinto.
Ao passo que todos os meus dias tem sido longos, existe dias que não sinto a mínima vontade de acordar, tenho vontade de permanecer deitada, envolvida sob as cobertas, talvez por serem os dias todos iguais, constantes e infindáveis.
Eu até tenho tentado ser feliz, mas, é uma coisa pesada, é um sofrimento pensar demais! É isso causa uma repulsa de mim mesma, porque tento de todas as maneiras, porém não consigo enxergar vida, só encontro morbidade e escuridão por onde ando, em cada rosto, em cada gesto. Não consigo ver autenticidade em nada, principalmente nas pessoas, pra mim elas são apenas fantoches controlados, movidos por futilidades e mais futilidades.
Ontem estava conversando com uma “colega” e me dei conta que ela não me escutava, me analisava de um jeito tal que eu senti como se não estivesse ali naquele momento. Eu pensei os seres humanos são cruéis. E mais uma vez me entristeci por que sou um deles, Agora me dei conta de uma coisa... Que está chegando meu aniversário.



PS: geralmente quando o nosso aniversário se aproxima , a gente começa a reletir mais.. eu fico meia nostálgica... vai explicar.. Freud explica!!rsrsrs

Carta de um Viajante ...Parte II


..( ou momento de InsÔnia)


    Depois de tudo que vivi, senti , ouvi, romantizei. Todos os sabores que provei, as musicas clássicas das quais ouvi (belíssimas por sinal), tudo isso, não se compara ao sentimento de dor que a cada dia se torna mais aterrorizador; saber que estou num lugar do qual não pertenço, faço coisas que não condizem com o que eu realmente queria fazer, tenho me tornado predador de mim mesmo. Não querer viver, e ter de viver. Ver certas coisas e não poder de maneira nenhuma alterá-las isso é o que mais me incomoda, ao mesmo tempo em que tudo me foi dado, não percebi nenhum valor em nenhuma das coisas que ganhei, dentre elas, todas rebuscadas de sentimentos vazios.. Percebo que a cada novo dia as nossas relações têm sido relações apenas de troca (algo puramente comercial), percebo que ao meu redor, só existem semideuses, onde eu jamais poderei compreender o universo deles!Isso definitivamente me gasta, me inflama, não estar ligado a nenhum deles, a nada. Realmente eu não pertenço a nenhum lugar. O motivo de ter saído da inexistência me fez acreditar, agarra-me em qualquer coisa supérflua menos em mim mesmo.
   Tudo anda bem devagar e cada hora tem se tornado um suplicio... Eu me sinto o réu da vida, clamando a todos , para que aliviem, sanem a minha dor. Eu queria ver gente como eu, mas em cada lugar que ando isso se torna mais penoso e sombrio. Enquanto caminho serenamente consigo enxergar os monstros saírem dos bueiros e engolirem todas as flores dos canteiros. Meu olhar tem se tornado distante, indiferente e frio a tudo que me rodeia, algumas coisas continuam sem respostas e outras sem nenhum sentido.
   Os monstros continuam se espelhando, a cada minuto, a cada instante em cada olho, em cada corpo, em todos os movimentos. Por mais que eu feneça; eles continuarão rondando, trazendo a incoerência a inanição, todos os sentimentos inúteis e palavras vazias. E  todo o resto,os muitos outros e “loucos” continuarão sentados assistindo televisão.

terça-feira, junho 15

Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que o preconceito.

                                                               ( Albert  Einstein)