sexta-feira, janeiro 29

Nem as palavras descrevem a minha insatisfação...


Um dia me fizeram a seguinte pergunta: quem é Você??? a minha resposta foi a seguinte..

Sou um ser humano preocupado com a minha própria existência tanto quanto vc...
cansada da minha vida mediocre .reclamando todos os dias(assim como vc), pq somos insatisfeitos ... o nosso cotidiano é sempre mais chato,mais insuportável do que o do nosso vizinho....
vamos aos shoppings, festas e a qualquer desses lugares rídiculos para nos sentirmos vivos, interessantes e muitas vezes populares(quem tem mais amigo aí gente??)...somos pobres coitados!!! e tentamos fazer da nossa existencia um verdadeiro um mar de futilidades, perdemos de vista alguns valores, que o tempo, o dinheiro nos tranformaram para sermos assim..seres humanos incapazes de olhar para o que realmente é importante na vida.vejo que as pessoas se preocupam mais com os sapatos, as roupas que estão em moda do que com a sua própria realidade. percebo que não temos ninguém a não ser a nós mesmos, tudo bem a vida continua ... cada um vivendo na futilidade do cotidiano, chorando , cantando e dançando.. é a nossa vida ...que o show business comece ... o palco é todo nosso !!!!

e mesmo assim não sei quem  sou!!!!!!!!! que bosta!!!

Lembranças do meu quintal..



Depois do almoço, principalmente na primavera, eu costumava me isolar no quintal, onde existia um pé de maracujá, que por sinal era sempre o meu refugio secreto e lá eu me lembrava de desprezar todas as pessoas e coisas que me faziam esquecer quem eu era. Passava horas e horas a observar uma das coisas que mais me perturbava: as borboletas, não por serem bonitas e ficarem dançando sobre as flores de maracujá (que são lindíssimas), mas, por que sabia que o seu tempo por aqui na terra era muito curto, algumas duram no máximo três meses. Eu me questionava e me abalava mais e mais..por que elas eram fadadas a tudo isso!!! Inicialmente serem larvas, a rastejarem pelo chão e no momento em que são belas e que podem voar, duram tão pouco? O que eu faria para eternizá-las? De inicio peguei uma caixa de camisas e coloquei dentro um isopor, comprei uns alfinetes e comecei a minha grande peripécia “eternizá-las”, porque tinha medo de nunca mais ser feliz sem as tais presenças desses insetos de ordem lepidóptera. E assim eu podia todos os dias revê-las, mesmo não estando na primavera, aquilo me alegrava, pois elas estavam comigo. Hoje não as tenho mais. O que ficou foram apenas lembranças do meu quintal que jamais vão se apagar.